sábado, 31 de maio de 2014

Como tudo começou


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 4

Todavia, a solidão não é apenas um mal das pessoas que subiram na vida e não tiveram tempo para a combater. Ela não se restringe a um só grupo social, atinge tudo e todos por igual e com igual impacto, todos aqueles que não souberam ou não puderam combatê-la.

A solidão atinge também e cada vez mais os mais idosos, que a sociedade marginaliza, como se eles não tivessem mais nada para dar ou como se não merecessem a sua atenção e acção, ou que os seus próprios filhos e familiares abandonam em lares duvidosos ou casas degradadas, sem apoio nem companhia.
Pessoas solitárias são também aquelas cujas escolhas na vida as ditaram à marginalização, rejeitadas pela sociedade por serem o exemplo de tudo o que ela tem de pior ou potencia: toxicodependentes, sem-abrigos, prostitutas, ex-reclusos…
E também aquelas que por terem doenças incuráveis são postas de parte, talvez por as outras pessoas terem medo e não quererem acreditar que essas doenças existem ou que, um dia, também elas podem ser vítimas delas: o caso dos doentes com SIDA ou outras doenças infecto-contagiosas, dos deficientes físicos ou mentais ou dos doentes com perturbações psiquiátricas.

Existem muitas formas de encarar a solidão e são todas diferentes as pessoas que dela sofrem…
O que devemos aprender é a doseá-la. Uns poucos momentos de solidão na nossa vida só fazem bem, ajudam-nos a manter o nosso próprio equilíbrio e a aumentar o conhecimento sobre nós próprios.
No entanto, por mais que algumas pessoas tentem negar e digam que não precisam de ninguém e que são independentes, ninguém quer estar sozinho… Todos precisamos da companhia de um amor, de amigos, de familiares. Todos desejamos que a solidão seja, enfim, uns raros momentos de introspecção…



Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 4 de 4



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 3

No entanto, a solidão é uma palavra de dois gumes… e o que parece ser um paraíso para uns, para outros pode ser um verdadeiro inferno…
Numa sociedade que dá primazia ao ter uma grande carreira profissional, ao ganhar muito dinheiro e ostentar grandes bens, e que nos leva a pensar que só assim seremos homens e mulheres de sucesso, é cada vez mais difícil encontrar amigos sinceros e amores verdadeiros, e as pessoas entregam-se a relações superficiais e falsas, que logo acabam em lágrimas e sofrimento.

Enquanto se é jovem, não se dá imediatamente conta disso e continua-se a alimentar a carreira profissional e a fazer crescer o dinheiro para se acumular mais bens. Mas, quando se começa a envelhecer e a carreira já está concluída, o dinheiro guardado e os bens acumulados, só aí se dá conta de que ainda falta algo… Falta o amor, a amizade, a bondade, a tolerância, a paz, falta alegria e felicidade…

E, então, começa-se a procurá-los, mas não se sabe como os procurar, onde os procurar, porque eles não se compram nem se mandam fazer. E como exigem novos métodos que não os aplicados no trabalho, depressa se desiste de os procurar e entregámo-nos à solidão de uma casa grande e rica, mas vazia, oca.



Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 3 de 4



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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sábado, 24 de maio de 2014

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 2

Então refugiam-se em casa, na solidão de quatro paredes, descansam, mais a mente do que o corpo. Não ligam a televisão, porque aí a frustração seria ainda maior. Mas ouvem música, suave e reconfortante, que os faz pensar que o paraíso existe e que o amor, a amizade, a bondade, a tolerância, a paz podem estar ali, contidas nessa música tão bela e harmoniosa. Ou, então, lêem um livro e transportam-se para outros lugares, belos, esquecidos do tempo, onde a natureza ainda vive, onde as pessoas ainda eram boas e inocentes…

E na solidão e no silêncio da noite são outra vez seres humanos livres e não escravos da sociedade e do mundo moderno. E, então, sentem-se bem e felizes, pelo menos até ao nascer do dia.

A solidão pode, então, ser considerada uma palavra boa, já que é estando sós que nos redescobrimos a nós próprios, que somos quem realmente somos, que reencontramos a paz dentro de nós…




Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 2 de 4




Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Miguel Update

A gravidez, por vezes, é uma coisa algo complicada. 

Diversos factores clamam a nossa atenção: o que faz bem a nós, o que faz bem ao bebé, o que nos prejudica, o que prejudica o bebé, a alimentação, os suplementos, os exames, as consultas, as aulas de preparação para o parto, os hábitos do dia-a-dia, os factores hereditários, o stress, o exercício físico, o descanso. Pelo meio temos a preparação da roupa do bebé, a preparação do quarto do bebé, a compra de produtos de farmácia para a mãe e para o bebé, a compra e organização de uma imensa quantidade de coisas para o bebé, o seu bem-estar, a alimentação, a saúde, a brincadeira,... Depois vamos lendo coisas em livros e na internet sobre a gravidez, o parto, o puerpério, os cuidados do bebé, a amamentação,... Mais o que as outras mulheres nos dizem, o que a família diz, o que a médica diz, o que as enfermeiras dizem...

Uff... Escrevendo tudo isto parece mesmo imensa coisa a ter em conta, principalmente se pensarmos que apenas mencionei a maior parte...

Por isso, tenho estado um pouco ausente. A minha médica no centro de saúde disse-me que eu tenho a tensão arterial alta e que devo ir ao hospital, vou ao hospital já está normal, vou às enfermeiras também está normal, volto à médica está alta... Enfim, ou o medidor dela é diferente de todos os outros ou a minha tensão aumenta só de ir à médica :) Mas vou vigiando semanalmente, pois com estas coisas não se brinca.
Também levei raspanete da médica por ter engordado agora 6 kilos em pouco mais de um mês, apesar de ter engordado apenas 2 no total dos 6 meses anteriores... Já as enfermeiras dizem que é perfeitamente normal...

Mas, uma boa notícia!! O Miguel já deu a volta!!!
Entre o dia 8 e o dia 10 de maio, com 28 semanas, senti muito desconforto, ele mexia imenso, parecia uma revolução na minha barriga. No dia 10 de maio, sábado à tarde, comecei a sentir um peso enorme no fundo da barriga, parecia que ele queria saltar cá para fora. Até tive que descansar mais pois ele enfincou-se de tal forma no lado direito da barriga que ao passar as mãos sentia-o todo!! No dia seguinte, já tinha a barriga equilibrada, mais bicuda, mais para a frente, pelo que pensei logo que ele tinha dado a volta!
Tive a confirmação no dia que fui ao hospital por causa da tensão arterial. Eles fazem sempre exame completo e para ver o coração do bebé fazem ecografia. Mal puseram o aparelho no fundo da minha barriga lá estava a cabecinha do Miguel!!! Fiquei super feliz e orgulhosa do meu pimpolho!!!

Então, está explicada a minha ausência! Nada de grave aconteceu, apenas tenho de me vigiar.
Andei a preparar alguma da roupa do bebé, que já é muita, felizmente, têm nos dado imensa!! Lavar, secar, passar, organizar por tamanhos demora um tempinho e eu fico babada a imaginar o Miguel nela!
Agora com este tempo de chuva tive que parar essas organizações, com muita pena minha.

E, bem, a verdade é que desde que confirmei que o meu pimpolho deu a volta ando tão babada e orgulhosa que passo o tempo a afagar a barriga, a pôr música para ele e a senti-lo mexer!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 1

Solidão. Segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, solidão é o estado do que está só, de uma pessoa solitária, apartada do mundo.

Na realidade, às vezes, é benéfico apartarmo-nos do mundo. Afinal, o mundo está tão mal, tão desigual, com tantas pessoas a viver demasiado bem e outras a morrer à fome, com tantas guerras e tanta violência. As pessoas já não sabem o significado da palavra amor, amizade, bondade, tolerância, paz,… Vivem obcecadas com o subir na vida a todo o custo, nem que tenham de pisar os outros no caminho, ganhar cada vez mais dinheiro, mostrar aos outros as riquezas e os estatutos que vão adquirindo…

Mas algumas pessoas não são assim, e ao fim de um dia cansativo de trabalho e de correria, refugiam-se depressa em casa para fugir a esse mundo superficial e enganador, para apartar-se dessas pessoas demasiado ambiciosas, para fugir à frustração de ver as injustiças que acontecem, para fugir à frustração de ver que as pessoas não são o que parecem…



Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 1 de 4




Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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sábado, 10 de maio de 2014

O Duma mais leve... :D

O senhor Duma já tinha data marcada para ser castrado. Já há algum tempo que o queria fazer a ver se ele acalmava um pouco, pois era muito traquina e às vezes arisco. 
Mas Dom Duma decidiu meter-se nas lutas de rua... Com dois gatos marmanjões, com o dobro do tamanho dele, e sem vacinas... Ficou mordido e as feridas tiveram de ser tratadas para não infecionar.
Claro que Duma, arisco como ele só, não deixava por nada que o tocassem, quanto mais rapar o pelo e pôr anti-inflamatórios... Tinha de ser sedado, por isso decidiu-se fazer tudo de uma vez: tratar as feridas e castrar.

Agora Dom Duma parece uma parabólica, não por causa da castração mas sim para não lamber as feridas!! Além de parecer também um caniche com pom pom, pois foi mordido nas patas e no rabo!!
Ora digam lá se não está um querido!!



Pobrezinho

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Ode ao Silêncio

Chiu!
Calem-se!
Parem!
Deixem-me ouvir o Silêncio!
Ah! Eu gosto de ouvir o Silêncio
De ouvir o que ele diz!
Dá-me uma paz ouvir o Silêncio…!


Ah! Bendito Silêncio!
Tu dás paz à minha alma
Fazes voar o meu espírito
E ele voa, ah, voa para longe deste inferno!


Voa para o longínquo tempo onde havia natureza
Onde se ouvia o barulho das folhas das árvores moverem-se ao sabor do vento
Onde as águas dos rios corriam livres no seu percurso
Onde se acordava com o cantar dos pássaros
E onde até, por vezes, se ouvia o desabrochar das flores…!


Ah! Que saudades desse tempo!
Mata-me as saudades do tempo em que eu era feliz!
Ah! Bendito Silêncio!
Inunda os meus ouvidos com a tua voz
E transporta-me de novo para esse tempo…




Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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terça-feira, 6 de maio de 2014

Estou de queixo caído...

Há dias, andava eu a explorar a blogoesfera, encontrei este vídeo no blog da Izzie, daqui.
Não conhecia este grupo e fiquei de queixo caído!
Impressionante!
Apreciem!

sábado, 3 de maio de 2014

Ode ao Sono

Vem, Sono, vem!
Vem cobrir de trevas os meus pensamentos
Vem fechar meus olhos para eu não ver o sofrimento
Vem povoar de sonhos o meu espírito.


Ah! Bendito Sono!
Bem-aventurado sejas por me dares este consolo.
A minha alma te agradece esse descanso apetecido
E o meu corpo ama essa tua letargia.


Vem Sono, vem interromper meus pensamentos tenebrosos,
Minhas ideias suicidas.
Vem dar vida a este meu espírito que só pensa na morte.
Vem oferecer-me os sonhos da minha vida!




Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Bem-aventurado

Bem-aventurado o que maneja a enxada tão bem como a caneta
E não tem medo de ser chamado lavrador.
De dia trabalha a terra e faz nascer seus alimentos
E à noite escreve papéis e faz nascer os seus poemas.



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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