terça-feira, 26 de junho de 2012

De noite, entre os lençóis… (Parte 2 / 2)


Ah, como eu queria nascer de novo sabendo tudo o que sei hoje! Seria tudo diferente! Ou talvez não, talvez seria tudo exatamente igual, ou pior ainda, devido a esta minha incapacidade crónica.
Mas não adianta chorar, nem lamentar, nem imaginar o que seria diferente. Não há solução, a não ser no presente e o passado há muito que está ausente (ou talvez não, há passados bem presentes). E apesar de saber disto, continuo a chorar e a lamentar, mas já não imagino como seria tudo diferente.
Choro, lamento, choro a minha dor, lamento ser o que sou. De noite, entre os lençóis.
Faço da noite minha companheira, da cama o meu conforto, os lençóis são o véu que me cobre e esconde, os cobertores abafam os meus gemidos, e a almofada enxuga as minhas lágrimas e é o meu ombro amigo, onde descanso a cabeça e adormeço, para encontrar novas esperanças em sonhos, e de novo acordar de manhã com uma nova força para enfrentar o mundo.



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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segunda-feira, 25 de junho de 2012

De noite, entre os lençóis… (Parte 1 / 2)


Parto de casa todos os dias com a mesma sensação de talvez nunca mais voltar. Uma sensação de medo, de um grande medo de enfrentar o mundo. Sempre esse receio de algo de mal acontecer. Algo capaz de desmoronar a minha vida.
E, no entanto, de noite, choro entre os lençóis por nada de novo acontecer, por a minha vida não mudar e continuar nesta inércia, nesta letargia. E choro entre os lençóis e os cobertores, e grito em silêncio contra Deus, contra esta incompetência divina que não me dá o que desejo e que quando muda algo na minha vida é para pior. E choro e lamento e murmuro palavras de ódio contra mim mesma, contra esta incapacidade ambulante.
Digo a mim própria que nunca devia ter nascido. Mas não, não posso voltar atrás e dizer não, não quero nascer, viver é dor demais!



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Nova imagem no blog

Olá!
Decidi mudar um pouco a imagem do blog, parecia-me muito escuro...
Gostava de saber a vossa opinião sobre esta nova cara do blog, pois ainda tenho dúvidas se vai ficar assim... Parece tudo muito azul...

Espero as vossas opiniões! Críticas também benvindas!!

Obrigada a todos!

Bjinhos

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O tempo

O tempo assume um desenrolar para mim desconhecido.
Sinto passar o tempo e não o reconheço, não me reconheço.
Parece que escorre pelas minhas mãos fechadas bem forte numa tentativa de não o deixar escapar, mas de nada adianta apertar o tempo contra mim, ele foge-me pelos dedos como água.

Já nem sei quem sou, o que faço, onde estou, com que propósito...

Volto a sentir desejos antigos de desaparecer para sempre...

Há dias assim, por vezes semanas, meses, anos.
Para mim são dias, mas mesmo assim já me parecem demais.

Queria ter um lugar, alguém, algum propósito, algo que me prenda e segure bem forte...

São esperanças, ainda continuo a tê-las.

Talvez um dia chegue esse tempo...



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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terça-feira, 19 de junho de 2012

Luz

Onde quer que a gente vá
Haverá sempre uma estrela a brilhar.
O que quer que aconteça
Há sempre uma luz pra nos guiar…


Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um país

Queria levar-te a um país de Verdade e de Fé
Onde só existe o Bem e a Paz e não há malvadez.
Queria levar-te a viver num Paraíso de Amor e Pureza
Onde todos se amam e se vive em comunhão com a Natureza.

Mas esse lugar fica longe e não te posso lá levar,
Por isso, em vez disso, levo-te sempre dentro do meu coração!



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Poema...

Não sei se vem de mim ou de outros
Não sei se sou eu que o faço.
Só sei que em mim se mostra e eu o conheço
E de mim sai e nasce para o mundo…
O poema…


Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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1000 Visualizações!!!

E já contabilizei 1000 visualizações da minha página de blog! Q alegria!
Pode parecer insignificante mas significa imenso para mim!
Muito obrigada a todos os que visitam e acompanham este meu cantinho de poesia!


A todos os que por cá passaram o meu muito obrigada e que voltem sempre!

A todos os que pela primeira vez por cá passam, muito benvindos e continuem por cá!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Amor à primeira vista


No instante em que te vi
Algo em mim despertou,
Talvez amor ou paixão.
Neguei esse sentimento em mim,
Achei que não era verdade,
Achei que era impossível,
Cerrei-o bem longe de mim.
Mas não se pode fugir ao destino,
Ou fugir de nós mesmos
Para sempre.
Não se pode prender sentimentos
Nem se pode negar o Amor.
E, por isso, agora eu assumo:
Me apaixonei por ti…


Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ninguém


Ninguém limpa as minhas lágrimas
Ninguém beija a minha face
Ninguém me liberta dos medos
Ninguém me abraça apertado.

Ninguém me diz: “Tu consegues!”
Ninguém é capaz de me escutar
Só rezo para um dia encontrar
Esse ninguém na minha vida…


Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Rio




Queria ter um rio perto de mim
Para contemplar a sua beleza
Sentir o seu cheiro
Ouvir o seu curso
Mergulhar os pés nele
Recolher tesouros do seu leito
E sentir a força da sua natureza.

Queria viver perto de um rio
Adormecer todas as noites inundada pelo som da água a correr
Embalada por ela
Sonhando estar dentro dela e ser parte da sua essência
E acordar de manhã com o mesmo som
Acreditando ainda que tudo o que sonhei era verdade
E que faço parte desse rio.

Queria ter um rio perto de mim.
Queria fazer parte dele.


Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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Cinco dias, cinco posts de um texto sobre a Solidão

Espero que tenham gostado do meu texto sobre a Solidão dos nossos dias e as suas várias facetas, um assunto muito actual e que continua a dar muito que falar.

Foram cinco dias, cinco posts sobre a Solidão. Espero que vos tenha proporcionado uma boa leitura e, principalmente, uma boa reflexão.

Porque o essencial não é absorver, mas sim meditar...

sábado, 9 de junho de 2012

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 5 e última



Existem muitas formas de encarar a solidão e são todas diferentes as pessoas que dela sofrem…
O que devemos aprender é a doseá-la. Uns poucos momentos de solidão na nossa vida só fazem bem, ajudam-nos a manter o nosso próprio equilíbrio e a aumentar o conhecimento sobre nós próprios.
No entanto, por mais que algumas pessoas tentem negar e digam que não precisam de ninguém e que são independentes, ninguém quer estar sozinho… Todos precisamos da companhia de um amor, de amigos, de familiares. Todos desejamos que a solidão seja, enfim, uns raros momentos de introspecção…


Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 5 de 5


Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 4



Todavia, a solidão não é apenas um mal das pessoas que subiram na vida e não tiveram tempo para a combater. Ela não se restringe a um só grupo social, atinge tudo e todos por igual e com igual impacto, todos aqueles que não souberam ou não puderam combatê-la.

A solidão atinge também e cada vez mais os mais idosos, que a sociedade marginaliza, como se eles não tivessem mais nada para dar ou como se não merecessem a sua atenção e acção, ou que os seus próprios filhos e familiares abandonam em lares duvidosos ou casas degradadas, sem apoio nem companhia.
Pessoas solitárias são também aquelas cujas escolhas na vida as ditaram à marginalização, rejeitadas pela sociedade por serem o exemplo de tudo o que ela tem de pior ou potencia: toxicodependentes, sem-abrigos, prostitutas, ex-reclusos…
E também aquelas que por terem doenças incuráveis são postas de parte, talvez por as outras pessoas terem medo e não quererem acreditar que essas doenças existem ou que, um dia, também elas podem ser vítimas delas: o caso dos doentes com SIDA ou outras doenças infecto-contagiosas, dos deficientes físicos ou mentais ou dos doentes com perturbações psiquiátricas.





Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 4 de 5



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 3



No entanto, a solidão é uma palavra de dois gumes… e o que parece ser um paraíso para uns, para outros pode ser um verdadeiro inferno…
Numa sociedade que dá primazia ao ter uma grande carreira profissional, ao ganhar muito dinheiro e ostentar grandes bens, e que nos leva a pensar que só assim seremos homens e mulheres de sucesso, é cada vez mais difícil encontrar amigos sinceros e amores verdadeiros, e as pessoas entregam-se a relações superficiais e falsas, que logo acabam em lágrimas e sofrimento.

Enquanto se é jovem, não se dá imediatamente conta disso e continua-se a alimentar a carreira profissional e a fazer crescer o dinheiro para se acumular mais bens. Mas, quando se começa a envelhecer e a carreira já está concluída, o dinheiro guardado e os bens acumulados, só aí se dá conta de que ainda falta algo… Falta o amor, a amizade, a bondade, a tolerância, a paz, falta alegria e felicidade…

E, então, começa-se a procurá-los, mas não se sabe como os procurar, onde os procurar, porque eles não se compram nem se mandam fazer. E como exigem novos métodos que não os aplicados no trabalho, depressa se desiste de os procurar e entregámo-nos à solidão de uma casa grande e rica, mas vazia, oca.



Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 3 de 5



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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terça-feira, 5 de junho de 2012

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 2



Então refugiam-se em casa, na solidão de quatro paredes, descansam, mais a mente do que o corpo. Não ligam a televisão, porque aí a frustração seria ainda maior. Mas ouvem música, suave e reconfortante, que os faz pensar que o paraíso existe e que o amor, a amizade, a bondade, a tolerância, a paz podem estar ali, contidas nessa música tão bela e harmoniosa. Ou, então, lêem um livro e transportam-se para outros lugares, belos, esquecidos do tempo, onde a natureza ainda vive, onde as pessoas ainda eram boas e inocentes…

E na solidão e no silêncio da noite são outra vez seres humanos livres e não escravos da sociedade e do mundo moderno. E, então, sentem-se bem e felizes, pelo menos até ao nascer do dia.

A solidão pode, então, ser considerada uma palavra boa, já que é estando sós que nos redescobrimos a nós próprios, que somos quem realmente somos, que reencontramos a paz dentro de nós…




Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 2 de 5




Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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Publicação de fotografias da minha autoria

Para animar um pouco o blogue, decidi publicar algumas fotografias minhas e de minha autoria, de forma também a ilustrar um pouco os meus textos.

Para já introduzi fotos em 3 posts:

http://queriadeti.blogspot.pt/2012/05/simplicidade.html


Ainda é muito pouco, eu sei, mas com o tempo espero publicar muitas mais e melhores.
Espero que gostem, dêem a vossa opinião!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 1



Solidão. Segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, solidão é o estado do que está só, de uma pessoa solitária, apartada do mundo.

Na realidade, às vezes, é benéfico apartarmo-nos do mundo. Afinal, o mundo está tão mal, tão desigual, com tantas pessoas a viver demasiado bem e outras a morrer à fome, com tantas guerras e tanta violência. As pessoas já não sabem o significado da palavra amor, amizade, bondade, tolerância, paz,… Vivem obcecadas com o subir na vida a todo o custo, nem que tenham de pisar os outros no caminho, ganhar cada vez mais dinheiro, mostrar aos outros as riquezas e os estatutos que vão adquirindo…

Mas algumas pessoas não são assim, e ao fim de um dia cansativo de trabalho e de correria, refugiam-se depressa em casa para fugir a esse mundo superficial e enganador, para apartar-se dessas pessoas demasiado ambiciosas, para fugir à frustração de ver as injustiças que acontecem, para fugir à frustração de ver que as pessoas não são o que parecem…



Solidão_A palavra de dois gumes - Parte 1 de 5




Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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domingo, 3 de junho de 2012

Oh Morte!...


Oh Morte vem depressa,
Vem confortar a minha alma!
Depressa! Corre, corre!
Que ela precisa de ser salva…



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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